sexta-feira, 8 de junho de 2012

un petit secret.

(le bruit des vagues)... Je voudrais savoir le secret du mon chat. J'ai cherché dans vos yeux et j'ai vu la claire de lune. Allors, j'ai reçu ma réponse... Et ça c'est la plus belle poésie. Tes yeux parlent a mon coeur quand ils ne peuvent rien dire.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

para o alto e avante.


Eva e Paola, para vocês:

*Conversas com o ego*.

Ai, Eva!Ai, Paola! Preciso de vocês! Recebi um recado daquela figura oculta essa semana que em outras palavras dizia: abra seus olhos, e tenha toda a atenção com o seu destempero, você pode colocar algumas situações importantes a perderem-se para o todo e o sempre.

O pânico, a angústia e o temor me dominaram. Senti-me fraca, vulnerável e miserável. Senti-me apavorada e sem exageros. Auto-estima ao rés do chão. Vi-me felina selvagem acuada na floresta ao ser, inesperadamente, capturada. O instinto deixou-me em estado de alerta permanente e de tão adrenalinada perdi a paz, o sossego, o sono. Pus-me a chorar e a sofrer e a elucubrar as mais nefastas fantasias sobre tudo aquilo que não existe em um plano concreto.

Esse canal me fez revisitar todas as pendências que cismam em continuar a dominar minha vida. Uma verdadeira sucessão de bads que envolveram, desde questões relacionadas com o meu pai até a minha carreira, e para piorar um pouco, em meio a tão desagradável e aterrorizante tormenta surgiu-me um outro assustador fantasma. O fim de uma verdade. A desconstrução de um pedacinho ainda intocado (as custas de muita dedicação ao ego, isto é: negação total. Isto é: idiotice) do ego. O choque de uma realidade que se revela não mais como sagrada e sim como profana, humana, dúbia e talvez...

É melhor calar-me para que não cometa injustiças. É sempre bom tentar, com afinco, a contenção de dizeres dos quais você pode se arrepender depois. Isto é, vigília constante. E por que¿ Por causa dele, o ego. É com ele que devemos dialogar para que domestiquemos nossos mais defasados instintos, sejam eles cretinos, cruéis, sórdidos, dentre tantos outros adjetivos bem pouco simpáticos. O fato é que nessa família de amarguras e atrocidades existem as mais variadas doenças surgidas pela falta de trato do ego. Moi, possuída por completo por um pensamento que, ufa!, pouco a pouco de desfaz, fui conduzida e obrigada, portanto, a confrontar muitos dos demônios que insisto em não ver e alguns se expurgaram de mim através de conversas absurdamente francas comigo mesma e que revelaram as mais densas e claras escuridões.

Durante tais viagens sombrias é preciso buscar a luz da compreensão desses dizeres tão destrutivos que o ego insiste em nos fazer ouvir com o intuito de nos derrubar. Mas por que o ego faz isso¿ Porque ele tem pânico de morrer. Tem o maior medo do mundo de deixar de ser, estar, ter e existir. Então ele domina ao homem iludindo-o e amarrando-o às mentiras criadas por esse mesmo ego, em uníssono com tantos outros egos, que vibram em franco desalinho. Se somos corpos que vibram energias, sempre provenientes de emoções fluidas ou retidas e de toda ordem, é possível perceber que também somos as mais misteriosas antenas em funcionamento em todo o globo.

O não saber é infinito e é preciso lembrar isso ao ego. É imprescindível educá-lo dizendo-lhe as mais sóbrias verdades da maneira mais humorada, de preferência. Desse modo é possível reverter tamanhas tormentas em incríveis viagens por mundos tão diversos. Ora lúgubres, ora nefastos, ora fantásticos, ora bonitos e harmoniosos e ora (até) divertidos. As projeções do inconsciente revelam de muitas maneiras aquilo que somos ou estamos. E quando somos aquilo que desejamos apenas egoicamente, ou seja, sendo absolutamente egoístas, traçamos, seguramente, os caminhos mais arriscados. É muito comum perder-se dentro de si quando se dá ouvidos em demasia ao ego.

Geralmente a galera que mais pira na vida é aquela que tem a consciência grau 0 do que significa decodificar o ego. O importante mesmo é manter-se atento ao ego, companhia constante, implacável e muito perigosa. Paradoxalmente é ele quem nos dá o apego à vida. A trajetória dos mistérios eternos jamais cessa. Ao contrário, aumenta a medida do tempo. E pelos mesmos mistérios muitos homens se elevam quando consolam-se com as imposições da vida e seguem a admirar seus infindos espetáculos. Não adianta seguir contra ela. É preciso sintonizar-se com sua mais sutil vibração, posto que são emanadas infinitas vibrações. Assim, os dramas, as tragédias, as comédias e a música nos transmitem o tom exato do vibrar que nossas antenas cósmicas estão a captar. É através dos códigos, que nos percebemos em um estado ou em outro, e até mesmo em um ciclo ou outro.

Somos indivíduos interligados por um sistema ainda pouco decifrado, mas os sinais apontam, desde sempre, que há mentes maiores e que têm sempre a nos dizer a partir de signos que se compõem das mais diferentes viagens são entendidos sob as mais diversas interpretações. Vejam os grandes homens da humanidade. De Plutão a Saramago... Quantas diferenças, quantas coisas em comum.

É inevitável, para todos aqueles que desejam transcender os rumos de algumas rotas, já sabidas desnecessárias, a elevação, a sofisticação do ego em uma nova programação adequada para raciocinar a vida a partir de si mesmo. O que importa hoje é a libertação das amarras que pertencem a um tempo outro e que só precisa reviver o passado para recordar que é para frente que se segue. “Para o alto e avante”. Não resta escolha. Exaspero a minha libertação da energia que me impregna hoje e agradeço a ela por me fazer conhecer mais dos mistérios.

Obrigada,

Diana.

obs- em breve: um monólogo com o ego.