terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

para o alto e avante.


Eva e Paola, para vocês:

*Conversas com o ego*.

Ai, Eva!Ai, Paola! Preciso de vocês! Recebi um recado daquela figura oculta essa semana que em outras palavras dizia: abra seus olhos, e tenha toda a atenção com o seu destempero, você pode colocar algumas situações importantes a perderem-se para o todo e o sempre.

O pânico, a angústia e o temor me dominaram. Senti-me fraca, vulnerável e miserável. Senti-me apavorada e sem exageros. Auto-estima ao rés do chão. Vi-me felina selvagem acuada na floresta ao ser, inesperadamente, capturada. O instinto deixou-me em estado de alerta permanente e de tão adrenalinada perdi a paz, o sossego, o sono. Pus-me a chorar e a sofrer e a elucubrar as mais nefastas fantasias sobre tudo aquilo que não existe em um plano concreto.

Esse canal me fez revisitar todas as pendências que cismam em continuar a dominar minha vida. Uma verdadeira sucessão de bads que envolveram, desde questões relacionadas com o meu pai até a minha carreira, e para piorar um pouco, em meio a tão desagradável e aterrorizante tormenta surgiu-me um outro assustador fantasma. O fim de uma verdade. A desconstrução de um pedacinho ainda intocado (as custas de muita dedicação ao ego, isto é: negação total. Isto é: idiotice) do ego. O choque de uma realidade que se revela não mais como sagrada e sim como profana, humana, dúbia e talvez...

É melhor calar-me para que não cometa injustiças. É sempre bom tentar, com afinco, a contenção de dizeres dos quais você pode se arrepender depois. Isto é, vigília constante. E por que¿ Por causa dele, o ego. É com ele que devemos dialogar para que domestiquemos nossos mais defasados instintos, sejam eles cretinos, cruéis, sórdidos, dentre tantos outros adjetivos bem pouco simpáticos. O fato é que nessa família de amarguras e atrocidades existem as mais variadas doenças surgidas pela falta de trato do ego. Moi, possuída por completo por um pensamento que, ufa!, pouco a pouco de desfaz, fui conduzida e obrigada, portanto, a confrontar muitos dos demônios que insisto em não ver e alguns se expurgaram de mim através de conversas absurdamente francas comigo mesma e que revelaram as mais densas e claras escuridões.

Durante tais viagens sombrias é preciso buscar a luz da compreensão desses dizeres tão destrutivos que o ego insiste em nos fazer ouvir com o intuito de nos derrubar. Mas por que o ego faz isso¿ Porque ele tem pânico de morrer. Tem o maior medo do mundo de deixar de ser, estar, ter e existir. Então ele domina ao homem iludindo-o e amarrando-o às mentiras criadas por esse mesmo ego, em uníssono com tantos outros egos, que vibram em franco desalinho. Se somos corpos que vibram energias, sempre provenientes de emoções fluidas ou retidas e de toda ordem, é possível perceber que também somos as mais misteriosas antenas em funcionamento em todo o globo.

O não saber é infinito e é preciso lembrar isso ao ego. É imprescindível educá-lo dizendo-lhe as mais sóbrias verdades da maneira mais humorada, de preferência. Desse modo é possível reverter tamanhas tormentas em incríveis viagens por mundos tão diversos. Ora lúgubres, ora nefastos, ora fantásticos, ora bonitos e harmoniosos e ora (até) divertidos. As projeções do inconsciente revelam de muitas maneiras aquilo que somos ou estamos. E quando somos aquilo que desejamos apenas egoicamente, ou seja, sendo absolutamente egoístas, traçamos, seguramente, os caminhos mais arriscados. É muito comum perder-se dentro de si quando se dá ouvidos em demasia ao ego.

Geralmente a galera que mais pira na vida é aquela que tem a consciência grau 0 do que significa decodificar o ego. O importante mesmo é manter-se atento ao ego, companhia constante, implacável e muito perigosa. Paradoxalmente é ele quem nos dá o apego à vida. A trajetória dos mistérios eternos jamais cessa. Ao contrário, aumenta a medida do tempo. E pelos mesmos mistérios muitos homens se elevam quando consolam-se com as imposições da vida e seguem a admirar seus infindos espetáculos. Não adianta seguir contra ela. É preciso sintonizar-se com sua mais sutil vibração, posto que são emanadas infinitas vibrações. Assim, os dramas, as tragédias, as comédias e a música nos transmitem o tom exato do vibrar que nossas antenas cósmicas estão a captar. É através dos códigos, que nos percebemos em um estado ou em outro, e até mesmo em um ciclo ou outro.

Somos indivíduos interligados por um sistema ainda pouco decifrado, mas os sinais apontam, desde sempre, que há mentes maiores e que têm sempre a nos dizer a partir de signos que se compõem das mais diferentes viagens são entendidos sob as mais diversas interpretações. Vejam os grandes homens da humanidade. De Plutão a Saramago... Quantas diferenças, quantas coisas em comum.

É inevitável, para todos aqueles que desejam transcender os rumos de algumas rotas, já sabidas desnecessárias, a elevação, a sofisticação do ego em uma nova programação adequada para raciocinar a vida a partir de si mesmo. O que importa hoje é a libertação das amarras que pertencem a um tempo outro e que só precisa reviver o passado para recordar que é para frente que se segue. “Para o alto e avante”. Não resta escolha. Exaspero a minha libertação da energia que me impregna hoje e agradeço a ela por me fazer conhecer mais dos mistérios.

Obrigada,

Diana.

obs- em breve: um monólogo com o ego.

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