sexta-feira, 7 de maio de 2010

Casada, tornada casa...
Tornado sobre a casa de vidro.
Fui Laura, a das peças prismáticas, pequenas... Consegui ver, no finito da forma transparente, a infinidade de significados. “Ele não é encantador?” Sim... E compreendi o que Laura vive com suas rosas tão belas que, de certa forma, são suas e não são “porque uma coisa bonita é para se dar ou para se receber, não apenas para se ter”. Equivocadamente fui Lady Laura, a presente, conselheira, consoladora. Dos estilhaços da casa de vidro invadida pelo tornado, os significados se confundem quando observados... a verdade apenas se extrai quando cravamos na carne a ponta dura, sanguinolenta e dolorida do vidro.
Rompi-me ao tornar-me Laura.
Definitivamente.
E fico a repertir-me...
– Voltou, querido, voltou.
Porque sou uma mulher “sentada no sofá sem apoiar as costas, de novo alerta e tranqüila como num trem. Que já partira”.

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