domingo, 28 de fevereiro de 2010



ela me olhava ansiando me revelar alguma coisa. Chamou-me à cozinha e disse ter sonhado comigo por duas vezes. Porém era o segundo sonho que a deixara intrigada.
-Eu morava numa casa próximo ao cemitério São João Batista. Num prédio, na verdade. Não é a primeira vez que sonho com aquele lugar. O prédio é quase em cima do túnel velho. Sei que de repente eu estava no carro contigo. Em plena curva acontece um grave acidente. Sou jogada, num voo continuo, através do muro do cemitério. Quando me deparo com todas aquelas tumbas o cenário se transforma num abismo e sigo voando na mais depressa angústia que me acorda com um grito.
A instrasponível finitude. A indubitável verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário