terça-feira, 3 de agosto de 2010

lá da lua.





encerrei este assunto de fábulas, de feiticeiras e ermitões. Encerrei porque cansei. Cansei de lero-lero. Nos cansamos. Eu e a Rita. Se de mística se alimentam almas, na realidade o trovão tira a luz do meu Humaitá. E por estas e por outras eu encerrei. A onda passou e eu voltei depois do tempo que me ocorreu. Mas palavras por palvaras eu fico com o verbo. Calei meu berro. Meu riso é meu regozijo. E isto é preciso cultivar. Na iluminada e chuvosa cidade eu encontro meu ninho. Minhas ilhas de alegria que me trazem a esfuziante sensação de que só para a culpa não há perdão. Eu jogo fora da memória a ideia arraigada da tradição. Crio meu tumulto e me alimento da confusão. Eu ligo o tal foda-se e me ilumino de pensamentos. Solto os meus instintos. Sigo seguindo sem saber do fim. O que importa se é mesmo assim? De um jeito ou de outro o que vale é o sentir sorrindo. Na calma da marola meu corpo se fortalece. E é portanto que me projeto para a lua. E de lá eu vejo tudo. Mas isto é força de expressão. Na verdade não há mesmo como ver o tudo. O espaço é mesmo sideral. É escuro demais. E é, portanto, que eu olho mesmo para onde eu posso ver. E é tão bom. Tão bonito e azul e verde e branco e Terra.

2 comentários:

  1. É... estás cada vez melhor!

    Queria muito conversar sobre esse seu texto.

    E, veja, o quanto há de abismo entre o seu último e o meu...

    Ábinho!

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