quarta-feira, 14 de julho de 2010

a Era Blade.






,(por que não posso começar com vírgula também?) cada dia mais eu penso que Blade Runner é um tremendo vatícinio da sétima arte. Ganhei um smartphone. Achei bacana! Posso checar meus emails, conversar com os amigos em tempo real, tirar fotos, fazer vídeos, ver um clip no youtube, escutar músicas, baixar programas e outras tantas coisas. Contudo eu, às vezes, até consigo me esquecer dele. Não poderia dizer que sou um neo-rústico, isto é, um indíviduo avesso ao avanço tecnólogico. Não sou desta tribo. No entanto me preocupa observar que em um círculo de cinco meninas (estivemos juntos ontem), três delas, se projetaram para matrix, flanando através das ondas de seus blackberries. E é portanto que divago sobre a precisão ao qual as máquinas, de maneira cada vez mais íntima, fazem parte de nós, seres humanos. Se Deus é perfeito e sendo nós à Sua semelhança, o que dirá dos replicantes do futuro breve, que serão nossos semelhantes? Somos um paradoxo impressionante e brutal. O que nos reserva o amanhã se somos, para nós mesmos, o maior dos mistérios? É válido ressaltar que a modernidade ainda fala em inglês. Creio, porém, que em breve não haverá mais a necessidade de se falar outras línguas, uma vez que tradutores instantâneos expressarão seus desejos, em qualquer idioma, através de alguma nova buginganga. Mas eu me perdi e assim meu pensamento escorreu e desceu pelo ralo.

2 comentários:

  1. Maravilhosa exposição de lucidez - e começar com a vírgula, me fez ser cada vez mais um admirador do seu brilhantismo em forma de liberdade! Parabéns!

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  2. E a nossa tão adorada língua? Que já assassinada sendo falada, imagina com que não nos pertence o que farão os inconsequentes!?

    TAMBÉM ADOREI O INICIO COM A VÍRGULA!!

    AMO

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