domingo, 21 de novembro de 2010

curuzu.






, falavam sobre a apresentação de Lauryn Hill e Ziggy Marley cantando Redemption Song.

É linda essa música. É deslumbrande a paixão dessa cantora por cada palavra que entoa. As emoções fluidas d´alma pura e singela que combatem a suspicácia dos degredados do Paraíso de Santo Curuzu. Apenas nós sobreviventes, devotos do homem que Ele cria conhecer, podemos espalhar ao mundo a luz de ser aquilo que expurgamos em nossas fumaças cósmicas. Irrigue seus olhos de vermelho através do verde encantado da clorofila teagá excitante...

Tragavam e lembravam do mítico Curuzu, lugar cujo todos os deuses habitam. Bahia. 1977.

Aquele que transcende a obviedade do externo, é o único capaz de entender os trangressores de Curuzu. Provém de lá o dendê cósmico, que flamba a raíz da miséria e desperta o renascer das células memoriais. Buzinas ecoam o chamado para a fuga. Carregam-me ao som de notas, que trotam como cavalos marchando rumo a tempestade. E então o ruído de uma máquina decadente me remete ao olhar róseo do trânsito nu, que é feito de noite morna e sã. A luz da lua é a reveladora dos mistérios crônicos, que se fomentam do pensar vestido de abstrato e de dadah. Dadah é fera que renasce pela fúria do profano. Foi ele quem salvou seu manto vespertino, do bueiro mais soturno em que havia se perdido. Canção da Redenção. Vai haver penetração?

Um comentário:

  1. "Vai haver penetração?". Ahahahahah, pergunto isso com frequência aos meus amigos. Adorei. Sincronicidade: a gente vê por aqui.

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