segunda-feira, 11 de julho de 2011

preguiça. (gato de padaria).



to understand how it could be, until you shared your secret with me…. (deve ser alguma cretinice esse segredo ao qual se referia a velhONNA, então Madonna naquela altura.)

Há tantas letras que ainda escuto e me causam espantos póstumos. Passados dez anos, muitas vezes até (bem) mais, é que me dou conta de seus significados subliminares e ou muitas vezes estúpidos, tolos, ingênuos e até geniais. Com isso constato quanta coisa devo já ter perdido por aí.

Eva - fera radical, estou trêmula de sono e enfadada do presente meio em que transito. Não falo sobre meu trabalho. Ele me apetece. Falo dos outros e falo de mim. Falo de mim em relação aos outros. Há um tempo que almejo abortar as maiúsculas de minha vida e me senti encorajada ao ler a entrevista do vitor hugo mãe (ai,ai, por aqueles olhinhos lusitanos), no Segundo Caderno da quinta (não estou segura) passada. Aliás, a entrevista dele foi encantadora. Vontade de me refugiar em um sítio assim (só a fantasia define esse assim), em que haja poucos que valham muitos, espalhando letras por aí. Deve ser isso. Creio estar mais próxima desse lugar, pois que chega meu canto. Só meu e dele. Apenas nosso. Nosso mundo. Ufa! Mal vejo a hora. Já me ponho a sonhar os sonhos lindos que são minhas máquinas de costurar. Faço bainhas nesse instante. Resolvi encurtar participações que excederam meu calcanhar e que passaram a se arrastar sem por quê. Deixei o pano frouxo e solto até ele começar a se desintegrar. Não valia mais. Não combinava mais com o resto daquela perna de calça... Não gostei dessa metáfora. Melhor parar. Hoje saudosa. Do amanhã.

Podemos marcar nosso café encantado? Quando finalmente falaremos apenas das belezas? Das belezas sublimes deles e delas e de tudo que lhes concerne. Espero. Eu espero. Sei que há. De chegar. E de partir. Estamos em hora de ir e de vir. Vamos? Vamos! Um café, por favor! Com leite? Sem? Não tomo. Preciso acordar. Preciso zarpar para algum lugar, de qualquer outro. O que me interessa é zarpar e ir. Atrás. De mim. Com ele.

Coisa estranha. Escrevo para mim como que para você e recebo mensagem sua a me chamar de ‘gatíssima’. Nervosa. Está tudo bem? Jamais fui chamada assim por você desde os idos de nossa trajetória amistosa ao longo de cabalísticos 7 anos. Eu hein. Ao indagada me foi dito: não posso ser querida? Eclipses causam efeitos raros. Resquícios eclipsianos. Como lidar? Atônita. Espero que se esvaia e logo essa vibração. Eclipses mexem e é sem propósito definido. Torça para o do bem estar no seu caminho. Me fui. Eu vou. Eclipse me fez gata de padaria. Gata gorda. Preguiçooosa. Que se espreguiça enquanto age. Que se espreguiça quando vive. Para quem a vida é mais preguiça. Então está.

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